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Aquarela de Agnes-Cecile |
Borboletas.
Então, me calei.
Mordi minha língua.Então, me calei.
Não proferi as palavras.
Calei-me. Assim, calei-me.
Guardei os pensamentos não ditos.
Na memória, no bolso do meu casaco.
Mesmo não desejando tal ato. Calei -me.
Eles permaneceram comigo, inconformados.
E lagartas me devoram, cobrando meu silencio.
Exigem serem libertadas, as palavras exorcizadas.
São as inconstâncias borbulhando em pupas atrevidas.
Espírito imortal da Psyche que me abandona em crisálida.
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