terça-feira, 14 de agosto de 2012

Brincando com as Letras: Voo




Vôo

Eu sinto. Acreditas que não?
Pois te afirmo, eu percebo, eu prevejo.
A mudança do tom, dissimulação nos olhos.
E quando te perguntei, afirmaste que nada significava.
Pura ilusão minha, culpaste a mim.
E o erro era teu.

Mas, tua, também, é a saudade.
Não a sinto. Secos estão meus olhos.
Esqueci teu nome e continuei meu caminho.
Mas adiante recebi tuas palavras, pediam uma volta.
Ela não existe. Não vivo em solidão amarga.
Eu canto minha vida.

Bem forte.

A percorrê-la sem falsas promessas,
Sem pedi-las e muito menos aceita-las.
Não rasgo memórias, pois estas são sagradas;
E culpa não possuem de inseguranças e duvidas alheias.
Escuto os espíritos invisíveis que dizem a mim:
“Paciência nada pode. Parte!”

Então, vou, sem nem te avisar.
Afasto-me sem aflições e cobranças;
Sem me desperdiçar em justificativas e negações;
Pois nunca te escondi minhas idéias.
Minhas asas alçam vôo.

Bem alto.



 

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