Este livro é essencial para entender relação simbiótica, muitas vezes
ilusória, e dependente destes dois gênios
de sua época.
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Em
teoria, eles queriam se afastar do arquétipo burguês de relacionamento que
findava no casamento consagrado que engessava
os indivíduos. Entao eles juraram se amar, sem cobranças, sem aneis nos
anulares, sem ciúmes. Em teoria.
Pois, na pratica, eles enfrentaram os mesmos problemas de qualquer ser
humano... A ânsia da segurança da instituição, o desejo de fazê-lo com outrem, a
culpa de estarem presos nesta promessa entre si, a cobrança e a insegurança
pelos amantes alheios...E compartilhados... os dramas mundanos.
É interessante acompanhar como Sartre se sentia culpado nos términos,
que sustentava suas ex amantes para o resto da vida. Simone se aproximava de
todas e vivia relações emocionalmente controladoras, de nada saudável para ninguém. Eles apenas afirmaram estarem livres dos
modelos.
Contudo, todo este conflito, genialidade, paixão se traduzio num
ambiente fértil de grandes e revolucionárias obras e trabalhos tantos do casal,
como dos envolvidos.
A própria Beauvoir, pelas dúvidas em sua relação e sua condição feminina
perante tudo e todos, quem é ela como mulher, a razão de ser mulher e o que
isso afeta o individuo, escreve o livro revolucionário que inicia o feminismo
moderno: “O Segundo Sexo”. Ela é quase uma feminista por acidente, ela não quis
criar um marco, mas a sua auto compreensão.
E Sartre tinha inveja de sua ascensão profissional. Ele era o nome do
casal, o personagem profissional. Ele
busca na filosofia existencialista suas repostas, suas teorias, seus perdoes.
Realmente, um livro essencial.
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